Antônio Carlos Mineiro (Avante) desiste de disputar eleição para prefeito em Cachoeira Paulista; entenda
21/09/2024
(Foto: Reprodução) Anúncio foi feito na noite desta sexta-feira (20), nas redes sociais. O vice dele, Thales Satim, também desistiu da eleição. O partido Avante não terá mais candidato a prefeito nas eleições 2024 na cidade. Ex-prefeito de Cachoeira Paulista, Mineiro (Avante) desistiu de candidatura.
Divulgação
Antônio Carlos Mineiro (Avante), ex-prefeito de Cachoeira Paulista que teve o mandato cassado em abril, utilizou as redes sociais para anunciar a desistência da candidatura nas eleições deste ano. O anúncio foi feito na noite desta sexta-feira (20).
No anúncio, Mineiro lamentou a desistência e disse estar sofrendo uma injustiça. “Renuncio com muita tristeza. Estamos sofrendo uma perseguição política, uma injustiça", disse Mineiro em trecho do vídeo publicado nas redes sociais.
Mineiro tentaria a eleição para prefeito no dia 6 de outubro, mas anunciou que não vai mais participar do pleito. O vice dele, Thales Satim, também desistiu da eleição. Com isso, o partido Avante não terá mais um candidato a prefeito nas eleições 2024 na cidade.
Mineiro (Avante) desiste de disputar eleição para prefeito em Cachoeira Paulista
Em entrevista ao g1, Mineiro confirmou a desistência e citou como motivação uma ‘perseguição política’, além do fato da candidatura dele ter sido indeferida, dependendo de uma decisão da Justiça Eleitoral, para saber se ele poderia seguir com a candidatura.
Mineiro foi cassado em abril deste ano, após quase 13 horas de sessão extraordinária, em que os vereadores da cidade entenderam que houve negligência com a administração pública. Ele foi denunciado por causa do desaparecimento de R$ 60 mil da gaveta do gabinete - saiba mais abaixo.
Por causa do processo de cassação, a candidatura dele foi indeferida pela Justiça Eleitoral, mas Mineiro entrou com recurso. Até o momento da desistência, ainda não havia uma decisão final da Justiça, determinando se a candidatura dele seria deferida - considerada regular - ou indeferida - sendo irregular.
“Na verdade, o que desestimula é a política de Cachoeira Paulista, que sempre foi e está muito rasa. Não vou ficar batendo de frente. Fui impugnado por outro candidato, recorri, mas não saiu resultado. Como estamos a pouco tempo das eleições e não saiu a decisão, em respeito aos eleitores, nessa situação achei que era melhor recuar”, afirmou Mineiro.
Ainda segundo Mineiro, ele classificou a situação como uma injustiça e disse que o voto do eleitor é sagrado.
“Agradeço às milhares de mensagens que tenho recebido. Não há justiça, é uma injustiça. Avalio que seria prejudicial para os eleitores (seguir com a candidatura sem uma decisão da Justiça). Fiz isso em respeito ao voto do eleitor, que é sagrado”, completou.
A petição para o cancelamento da candidatura de Mineiro foi protocolada nesta sexta-feira (20). A renúncia já foi homologada (reconhecida) pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.
Agora, a cidade tem seis candidatos disputando o pleito para prefeito em Cachoeira Paulista, são eles: Aurélio da Farmácia (Republicanos), Breno Anaya (PP), Dimas Satin (PRTB), Dr. Ailton (PSD), Engenheiro Fernando Hummel (PSDB) e Pastor Rodolfo (DC).
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Cassação
Em janeiro deste ano, vereadores aceitaram uma denúncia contra Mineiro por causa do desaparecimento de R$ 60 mil da gaveta do gabinete dele.
O sumiço do dinheiro ocorreu há dois anos, em fevereiro de 2022. A Polícia Civil abriu um inquérito policial na época e a Prefeitura iniciou um processo administrativo para investigar o caso.
Segundo a denúncia, o dinheiro tinha sido recebido como resultado de uma decisão judicial e foi deixado na gaveta por uma servidora.
O g1 noticiou, na data, que o dinheiro chegou ao paço municipal no dia 14 de janeiro de 2022 e foi guardado em uma gaveta no gabinete do prefeito por uma servidora. Mais pessoas além dela sabiam sobre o dinheiro.
Mineiro foi cassado em abril deste ano, após quase 13 horas de sessão extraordinária, em que os vereadores da cidade entenderam que houve negligência com a administração pública.
Na época, Mineiro entrou com recurso, mas a apelação foi negada pela Justiça.
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